domingo, 21 de julho de 2013

O progresso e o regresso em Ouro Preto

As filhas da Candinha estão espalhando que o túnel que está prestes a ser feito em Ouro Preto seja apenas uma desculpa para prospecção de ouro onde se tem certeza de que ele exista. Pelo próprio tamanho do buraco, prevê-se que a quantidade do nobre metal a ser encontrado seja suficiente para cobrir os custos da obra.
Ouro Preto Colorido (Maneco)
A se verificarem os prognósticos, outros túneis serão abertos: um furo desses irá do Rosário ao Antônio Dias (os buracos de entrada e saída ficarão ocultos debaixo das respectivas pontes, assim não será afetada a paisagem). Cogita-se também um buraco ligando a Barra ao Passa Dez, também aproveitando as pontes para ocultar as entradas...
Mas a obra-prima dentre os projetos será conjunto de pêndulos entre as diversas edificações da UFOP, permitindo o deslocamento dos alunos entre as unidades de ensino e administrativas valendo-se das leis da física, com ponderável economia de energia e tempo. Serão gangorras com gaiolas art nouveau douradas, suspensas em balões de ar quente por correntes de prata... Coisa bem discreta que se integrará perfeitamente ao conjunto arquitetônico colonial.
Além do túnel em Ouro Preto, está bem na hora de a Prefeitura retomar alguns projetos deixados à meia: o viaduto ligando o Morro da Forca à Bauxita, o teleférico de São Francisco de Paula ao Itacolomi e, principalmente, atendendo à veemente demanda dos turistas e ouro-pretanos da melhor idade, as escadas rolantes na Rua da Escadinha, Rua das Flores e Ladeira de Santa Efigênia.
Sabe-se, inclusive, que existem projetos barrocos para as tais escadas rolantes, com corrimãos ornados de folhas de acanto e elementos conchiformes. Portanto, nada interfeririam na paisagem do monumento mundial.

domingo, 14 de abril de 2013

Tríptico do Chafariz

Marcelo V. Ribeiro
Neruda e Vinicius,
tiveram na poesia
os seus mais doces vícios
e a sua diária filosofia.

Alphonsus, muito antes,
sonhou com sua Ismália,
versos tristes e soantes
para a mais bela dália.

Estão os três no Chafariz
dividindo a mesma ceia.
Um deles, à mesa, diz:
o tempo, amigos, é uma teia.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Das Bandas de Lá às Bandas de Cá: Sociedades Musicais

Vídeo alusivo à exposição "Das Bandas de Lá às Bandas de Cá: Sociedades Musicais", em produção pela segunda turma de Museolgia da UFOP, 2013.

Montagem de Públio Athayde, como cortesia aos estudantes.
"Das Bandas de Lá às Bandas de Cá: Sociedades Musicais" pretende construir uma representação das Sociedades Musicais da região de Ouro Preto e Mariana, relacionando história, memória e identidade. O intuito é fazer com que o visitante conheça e valorize as tradições e as relações humanas existentes no interior destes agrupamentos sociais.
A exposição estará aberta ao público durante o mês de março de 2013.




Musica tema de Arcésio Andrade, interpretando ao violão e cantando, com letra de Públio Athayde - A Banda Boa:

Tum!... Já tá lá, pra cá, vem sim!
Bumbo bate, a caixa repete,
Bombardino e cada clarinete,
O prato parado espera por tim!

Na ladeira, tocando enfim,
Vem a euterpe até o sobrado,
Toca pra moça seu dobrado,
Ela diz: -- Ele olha pra mim!

Bela farda, toda carmim,
Tem velho no sousafone
A jovem soprando trombone,
Sempre tem um tarol mirim.

Gravata preta de cetim,
Vai na frente seu maestro,
Pela batuta ele é o destro,
Mas leva também o flautim.

Retreta na praça ou jardim,
Uma valsa ou marcha batida,
No largo, subida ou descida,
Leem pauta escrita a nanquim.

E a moça não perde o latim:
De olho no rapaz da briosa,
Chega perto e logo se entrosa,
Acena pro belo clarim.

A charanga não é má assim,
É furiosa, mas tem seu mestre,
Que cada aprendiz ele adestre,
Ensine dó a ti, ré pra mim.

Procissão, enterro ou festim,
Sempre tem toque de fanfarra,
Do São João à festa da Barra,
Só banda boa, nem tem ruim.

Aos alunos da segunda turma de Museologia da UFOP,
com o carinho e certeza de que farão uma grande exposição.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Das Bandas de Cá às Bandas de Lá (2)

A Sociedade Musical Santa Cecília foi fundada em 22 de novembro 1901 pelos ferroviários que trabalhavam na estação de Rodrigo Silva, como um tipo de grêmio recreativo. Dentre seus fundadores, destacam-se Cesário Cruz, Eurico da Silva, Paulino Teixeira Rosa e Joaquim de Freitas, sendo este o primeiro regente da banda. Essa agremiação logo se tornaria famosa na região, transformando-se em um dos principais patrimônios culturais do distrito.
Fotografia tirada em março de 1937, mostrando a Sociedade Musical Santa Cecília ao lado da Escola de Farmácia de Ouro Preto. Fonte: Dossiê de Tombamento do Conjunto Urbano e Ferroviário de Rodrigo Silva Foto: Acervo da Sociedade Musical de Santa Cecília.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Das Bandas de Lá às Bandas de Cá (1)


Já estão se iniciando os trabalhos da exposição curricular "Das Bandas de Lá às Bandas de Cá" Dos alunos do curso de Museologia da UFOP. Há uma página no Facebook que servirá de comunicação com o público. Em breve conteúdos sobre este importante patrimônio da região de Ouro Preto e Mariana: As Bandas de Música! Breve, novidades aqui e lá.

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