domingo, 7 de dezembro de 2008

O Rosário e o Itacolomi

Um Poema em Ouro Preto
(Lidiane Lobo)


Fiz um poema em Ouro Preto
que criou vida própria
e me disse:
Adeus!
Preferiu ficar por lá…
Eu entendo.
Dele ficou uma vaga lembrança…

Aí está.

Tuas manhãs claras
teus sinos que soam a cada hora lenta
teu céu de noite tão estrelada
teu sabor

Cada pedra dessa ladeira
cada passo
cada rua Direita
cada sonho: liberdade
e as idéias…

Se olho para cá
vejo o Itacolomi
Se olho para lá também
Se olho para cá
vejo uma igreja
Se olho para lá também
Se olho
vejo uma história

Um anjo sem mãos esculpiu a tua face
Um doce Guignard tocou-lhe com o pincel
E muitos, muitos outros
Com os quais sonho

Quem foi Tiradentes
não sei bem.
Mas vi uma marca de sangue
estampada ali na praça
e que não quer
nem irá perder-se

Chica da Silva, Chico Rei,
Dirceu, Marília…
Não sei bem
não sei, não sei, não sei…
Mas, sim,
certemente
eu os vi

Ouro Preto agora
aponta-me outros caminhos
por uma estrada
nem sempre real

Como estará o meu poema que deixei por lá?
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