sábado, 10 de janeiro de 2009

São Francisco de Paula


Igreja de São Francisco de Paula - O homem nasceu em 1416 na cidadela de Paula, na Calábria (Itália), dedicou toda sua vida a Deus, sem limites, e morreu aos 91 anos em 2 de abril de 1507; foram reconhecidos seus atos heróicos, como dignos de imitação e veneração, pelo Papa Júlio II, sendo ele beatificado pelo Papa Leão X em 7 de julho de 1513, e canonizado em 1º de maio de 1519.


A igreja situa-se num dos pontos mais elevados de Ouro Preto, descortinando um panorama em que se incluem alguns dos principais monumentos de Ouro Preto: a igreja de São Francisco de Assis, o Museu da Inconfidência, a Igreja do Carmo, o Palácio dos Governadores, hoje Escola de Minas, todo um pitoresco casario, descendo até a Igreja Matriz do Pilar. E, ao fundo, o desenrolar das serranias, dominado pelo pico do Itacolomi. Ao fim da estrada que dá acesso ao monumento, encontra-se uma grande escadaria de pedra, com o primeiro lanço menor, grande e largo patamar e o segundo lanço, com quatro figuras de cerâmica do Pato sobre altos pedestais. O adro cerca a igreja com um muro de pedra, e à direita do observador está o cemitério, com um belo portão, de ferro, com marco de cantaria tendo a data 18S7; no alto do frontão, entre dois pequenos coruchéus, uma cruz de pedra. Quanto à igreja, propriamente, a sua frontaria corresponde a forma tradicional: corpo central e corpos laterais com as duas torres, dividindo o plano da fachada pelos cunhais e pilastras. Um embasamento contínuo de cantaria contorna todo o edifício. A portada, em arco de círculo tem uma pequena cimalha e o conjunto é de cantaria; a porta é almofadada. Lateralmente, ao nível do coro, as duas portas-janelas, com balcões de ferro, e ao centro o óculo quadrilobado, envidraçado. O grande entablamento contorna o corpo da igreja correspondente à nave, enquanto a capela-mor, sacristia, consistório são em nível mais baixo e contornados por outro entablamento. Acima do entablamento da fachada, encurvado sobre o óculo, levanta-se o frontão, com duas grandes volutas, em S, que enquadram um motivo central, com pilastras, ornamentação e base para a cruz. As torres são de planta octogonal, chanfradas nos cantos, com as sineiras abertas em arco semicircular e encimadas por entablamento menor, cúpula de alvenaria e coruchéu de cantaria. Na torre do lado esquerdo existe um relógio circular. Interiormente o coro apóia-se em três arcos e é limitado por uma grade de ferro. A nave é dotada de seis altares importantes, cujos retábulos são dos tipos: os quatro externos iguais entre si e os dois centrais do mesmo modelo; são dotados de colunas lisas, com enrolamento de folhagens, no primeiro tipo, e colunas caneladas, com estrias curvas no terço inferior; são todos executados em talha de boa qualidade, verificando-se, porém, uma execução mais seca, sem o sentimento gracioso ou pujante das grandes obras do setecentos. Ainda havia entalhadores em Ouro Preto, no século XIX, mas a época áurea já estava encerrada. O mesmo pode ser dito do altar-mor, de boas proporções e composição, bem enquadrado no arco da capela. As imagens são de boa qualidade. As pinturas existentes no teto da capela-mor, representando cenas do Novo Testamento, são de menor qualidade. (Guia dos bens tombados)
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