sábado, 28 de maio de 2011

Ouro Preto em Tópicos

Ouro Preto em Tópicos é um e-news que reúne boa parte do que surge na web sobre nossa cidade. Nos 300 anos de criação de Vila Rica, só mesmo com muita tecnologia para acompanhar tudo que vai surgir na internet. Fiz este "jornal" para mim e para todos os pais que partilham comigo essa paixão visceral pela Cidade do Aleijadinho.






Obras ouro-pretanas 4 / Desarticulando - ideias ouro-pretanas


A articulação é inerente à mineiridade. Nos trezentos anos da mais mineiras das cidades, publiquei este livro em que as ideias se articulam e se desarticulam, à guisa de exemplo do que pensa um ouro-pretano típico, que penso ser. Desarticular é estar prestes à nova articulação, é parte do processo, é mesmo o processo em si. É inerente a criação desconstruir e repropor. Que o terceiro centenário de minha cidade natal também se preste à sua recriação, processo que tem que estar paralelo à preservação - esta trabalho de Sísifo que o patrimônio exige.


Desarticulando - ideias ouro-pretanas

Coletânea de textos e ideias bem típicas de um ouro-pretano, não são apenas artigos, mas alguns textos foram propositadamente desarticulados para propiciar leitura esparsa e agradável.
No ano em que Ouro Preto completa 300 anos da autonomia política, essa obra é também a homenagem de um cidadão que nasceu e foi educado naquela cidade, com a qual mantém vínculos indeléveis e dos quais manifesta grande orgulho.
As críticas aqui expostas vêm no bojo deste orgulho cidadão consciente de que "'Ouro Preto não é um museu'. Vi frases equivalentes em vários templos europeus, abertos aos visitantes, mas permanentes no culto. Há 300 anos que Vila Rica, depois Ouro Preto, é uma urbe (um conjunto urbano) uma civitas (coletivo de cidadãos) e uma polis (entidade política) – os templos de musas que há ali são integrantes das três constituintes da cidade, mas a cidade não se limita a eles nem se destina a eles."

História como Ἱστορίαι

Ouro Preto é toda história, então que se interessa por Ouro Preto também se interessa por História.
História como Ἱστορίαι é um e-news que reúne o que é veiculado na web sobre história, segundo a indicação de links dos mais prestigiados institutos, grupos de pesquisa e historiadores que vão sendo paulatinamente agregados. Vale ler e assinar de graça.




Obras ouro-pretanas 3 / Dirceu - Sonetos Bem(e)Dito(s)


Já há 300 anos correm as águas sob as sete pontes da Ouro Preto dos amores confessos e inconfessos, dos amores públicos e dos privados. Mas entre as paixões decantadas em metro e rima nas obras que vêm à luz in fólio há ainda aquelas que nem se confessam nem se dizem o nome, tampouco se publicam. Mas há tantos versos alexandrinos que são mesmo rabiscados com destino ao fundo das arcas arcádicas, das gavetas e dos HDs, que nem toda luz do mundo iluminaria tanta obscuridade.

Quatorze versos cada poema de vário amor absolutamente bandido. Uma contorção de quem subtrai a Musa ao tango para trazê-la a um sabá orgírico em ritmo de seresta. Poesia-tese é a resposta que Doroteu nos oferece

Obras ouro-pretanas 2 / Marília & Dirceu

 
Nada mais ouro-pretano que o romance de Maria Dorotéia e Tomás Gonzaga. Todo lirismo, arcadismo, sentimento libertário e castiça sensualidade de que Ouro Preto se reveste há 300 anos resplandece naquele idílio. Mas sob as vistas do Itacolomi, míope do alto de sua serra, ou obnubilados pelas brumas que não há mais, outros amores nem tão castos hão de ter florecido e fenecido. E o teatro, a forma mais compatível com o concerto barroco-arcádico, é a linguagem para essa narrativa fescenina.

Marília & Dirceu
- Um triângulo de dois vértices

 

Teatro. Drama em um ato de Públio Athayde sobre textos de Tomas Antônio Gonzaga, José Benedito Donadon-Leal e Públio Athayde.


Ao fundo do palco vêem-se a casa de Marília e, em último plano, o IItacolomi, nos lados, altares "barrocos" com ícones gregos mencionados no texto; alguns móveis, dois leitos e adereços de época, velas acesas, luzes cambiantes entre os vários ambientes de cena.


Livro impresso: R$ 17,72

Obras ouro-pretanas 1 / Eu Ouro Preto

Ouro Preto está à beira de seus 300 anos de existência jurídica, dia 8 de julho comemora-se a criação de Vila Rica, segundo município de Minas Gerais. Nesse ensejo, resolvi fazer um pouco de autopromoção, e reapresentar meus livros que escrevi sobre aquela Urbe Gloriosa e Pobre.

Eu Ouro Preto - Tópicos de História: Arquitetura, Música, Documento, Conservação.

 Este livro congrega seis artigos com uma temática comum apaixonante: Ouro Preto. Os olhos do historiador ouropretano convergem para a paisagem, a arquitetura, a música e o povo desta cidade, para as relações destes elementos nos tempos passado e presente de modo inequivocamente passional, mesmo considerada a abordagem metódica e a pretensa erudição.


A paixão, confessa no primeiro artigo (Eu “Ouro Preto”), se desdobra em considerações topográficas sobre os templos coloniais (Adequação retórico-arquitetônica da Paróquia de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto). A mesma paixão visceral que aguça os ouvidos para sons reais e imaginários (Música colonial, cérebro retórico e êxtase religioso) relê a poesia arcádica situando física e politicamente as referências do poeta detrator (As cartas chilenas: carta terceira, notas de leitura). Ainda com os olhos voltados para o passado, e nada é mais presente no passado que a morte, abstrair de algumas lápides os resquícios das paixões de outras épocas é tarefa inglória e fascinante (Aqui jazem os restos do irmão J.F.C. falleciddo), tanto quanto querer apontar nos resquícios já arqueológicos da mineração aurífera (Curral de Pedras: abandono e omissão) as tensões vividas em uma época anterior cujas marcas estão por todo lado, cravadas na essência da brasilidade.
A retórica da história clama em coros dissonantes e cada vagido é repleto de significâncias, todas elas se articulando para dar significado ao que somos. Cada olhar sobre a Ouro Preto de outrora completa a visão que temos de nós mesmos, quer como agentes de uma existência em contínua construção, quer como amantes do pretérito edificado em magnífica herança.

Livro impresso: R$ 29,54

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Francisco de Paula Vasconcelos Bastos na Academia Ouro-Pretana de Letras

Academia Ouro-Pretana de Letras convida para a palestra deste mês, do escritor e publicitário Francisco de Paula Vasconcelos Bastos. Será nesta sexta-feira, dia 27 de maio, no auditório do Anexo do Museu, às 19:30h

Recomendamos a leitura: Revisão de dissertação ou tese - A vírgula e os dispositivos da lei - Seleção de artigos científicos - Emprego de este/ esse

sábado, 14 de maio de 2011

Ordem Terceira e Igreja do Carmo




Lançamento do livro de
Maria Agripina Neves e Augusta de Castro Cotta, Aspectos históricos da Ordem Terceira e da Igreja do Carmo de Ouro Preto, neste sábado, dia 14 de maio, às 19h, na Igreja de Nossa Senhora do Carmo. 

Em Ouro Preto!



Compareça!

Mais a ler no blog da Keimelion: 

sábado, 7 de maio de 2011

Eu e o velho

Foi por aqui... Mas era noite.
Muitos não sabem das coisas de Ouro Preto, mas os de lá que me conhecem, sabem que meu rumo é o das Cabeças, bairro em que fui criando e onde me estabeleço. Tenho lá perto do Bom Jesus meu ateliê para me esconder e borrar umas telas.
Chegava eu não muito tarde, subindo a ladeira, perto do Grupo das Cabeças (claro que o nome nunca foi esse, mas pra que tentar manter atualização de nomes das repartições públicas?). Era por volta de 21h e eu levava material para um sopa de tomates, uma execrada sacolinha de plástico do supermercado. Pois bem, àquela altura, fui abordado por um velhinho que ia na mesma direção. pensei que fosse algum pedinte. Nós, habitantes da metrópoles, somos treinados a evitar essas abordagens: idoso, aparentando ser pobre (ou talvez abaixo da linha que a Dilma passou no país agora).
Imediatamente, minha primeira impressão se desfez - ele só queria um dedo de prosa - aí, é comigo!
Uma das primeira informações que ele me deu me deixou pasmo, mas esse dado eu vou deixar para o fim, para prender mais a atenção do leitor.
Na verdade o velho tinha uma questão sobre a qual desejava minha opinião: perguntou-me direto se eu achava que ele ainda poderia aprender a ler, se isso ainda seria possível na idade dele. Incrível que ainda existam analfabetos e que alguns deles ainda pretendam reverter essa situação.
Gastei todo nosso curto percurso tentando estimulá-lo, disse que aprenderia sim, precisaria se esforçar mas que a gente não perde a capacidade de aprender. Disse que ser alfabetizado poderia marcar mais uma grande fase na vida dele, que haveria um novo mundo aberto. Entusiasmei-me pela prosa e pelo proselitismo da causa. Tinha que ser breve, pois não teríamos muitos metros juntos. Usei de toda minha andragogia. Contei para ele que eu havia sido professor, que ensinara em muitos lugares, mas que uma das coisas mais importantes que já havia eu feito fora alfabetizar duas meninas. Devo ter usado uns bons bordões de apoio, reforço da ideia e... cheguei aonde ia, me despedi. Ele disse que ia mais acima tomar uma pinga e nos despedimos; entrei para tomar a minha com a sensação de dever cívico cumprido.
A terrível informação que me deixou pasmo? Bem, o dado de ser analfabeto é terrificante, mas, além disso, a avançada idade que gerava dúvida no velho sobre a possibilidade de ser alfabetizado era de quase cinquenta anos! O mesmo número que alcanço logo depois do solstício do próximo verão... e era velho!

Leia mais neste blog: Azo a crônicas - A padroeira - Soneto da disputa - Chafariz da Coluna
Leia também no blog da Keimelion: Como escrever palavras compostas Emprego da crase - Locuções com e sem crase
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Leia e assine de graça:

Keimelion - revisão de textos, partilhe com seus amigos!

Postagens populares

Quem escreve um texto precisa sempre de um revisor, procure o melhor:

Quem escreve um texto precisa sempre de um revisor, procure o melhor:
Keimelion - revisão de textos - há mais de dez anos revisando teses, dissertações e livros.